A SEDA – história, características e obtenção
Ilustração dos imperadores no descobrimento da seda
A SEDA
A seda é muito conhecida por um brilho e toque únicos. Os seus filamentos são um dos mais finos que conhecemos na natureza e, além disso, é uma fibra bem resistente, absorve umidade e suor o que a torna bastante adequada aos climas quentes e “meia estação” como temos no Brasil, mas a qualidade mais importante da seda é exatamente a imagem de nobreza que ela traz consigo desde a época de sua descoberta.
Tais características fizeram com que a seda fosse um material extremamente desejado durante centenas de anos. Por muito tempo o oriente manteve em segredo a sua produção.
Na Idade Média, os nobres chegaram a trocar um quilo de ouro por um quilo de seda. A seda então cruzava por terra caminhos intermináveis para ser comercializada, constituindo o que ficou conhecido pela “rota da seda”.
A figura a seguir ilustra estes trajetos.
Durante a formação do casulo, o bicho-da-seda move a cabeça continuamente, de maneira a dirigir o fio na forma de uma cápsula helicoidal ou em forma de ovo.
Os casulos normalmente assumem um formato oval, necessário para o desenrolamento no processo de fiação, mas outras formas de casulos podem ser encontradas, algumas impróprios para utilização.
A foto abaixo mostra a lagarta do bicho-da-seda na idade adulta, quando começa a expelir o fio de seda para formação do casulo.
Esquema biológico da lagarta do Bicho-da-seda
O ciclo biológico do bicho-da-seda, da postura dos ovos à sua eclosão como borboleta, é um processo muito interessante. Dos ovos nascem as larvas, que se alimentam vorazmente de folhas de amoreiras, aumentando em até 10.000 vezes o seu tamanho inicial em pouco mais de 20 dias. Chegando à idade adulta, procura um apoio adequado e passa a expelir continuamente o fino fio da seda, para construção do seu casulo. Dentro desse casulo, passa pela fase de crisálida e transforma-se de lagarta para borboleta. Ao nascer, procura o seu par para o acasalamento, a fêmea bota centenas de ovos, recomeçando o ciclo.
A partir daí, de forma sucinta, é feita uma secagem dos casulos (e da crisálida), para evitar a eclosão e ruptura do casulo e do fio de seda. Passamos então para uma seleção dos casulos, visando a eliminar aqueles defeituosos ou avariados, de modo a se obter uma classe homogênea. Os casulos classificados como ruins podem ser utilizados na fabricação de schappe de seda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário